terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Sinto cansaço

Sinto cansaço
Já nessa etapa, incomum seria se não fosse assim
Mas estou cansado e não sei do quê
Cansaço involuntário...

Há as coisas viradas a elas mesmas
Que não precisam de causa alguma
E me pareço assim
Cansado -só- pelo cansaço

Me consome essa falta de vitalidade
Causada só pela ausência das causas
Que tornam-se tão turvas
A partir desse cansaço

Cansei-me também dessa visão viciada
Oras, se nada tem tuas causas, que diabos faço aqui?
Vivo apenas por ser?
E sou, também e agora, cansado

Dói-me olhar na alma e ver assim
Tudo branco, silenciado, de forma intensamente compacta
Alma intrinsecamente modificada
Pelo cansaço que há em mim

2 comentários:

  1. dá pra escrever um livro de poesia logo ou fica muito difícil pra voce? rs

    Gabriela Papini

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  2. Juliana Monteirofevereiro 06, 2012

    Estou com medo, me identifico com o que você escreve, mais do que achei que seria possível haha
    Estou aqui amigo, lendo e felicitando esse dom da palavra que você tem!

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