quarta-feira, 25 de maio de 2011

Poesia, prosa... confusão!

Ando por aí
Como se andar fosse apenas dar os passos
Pra frente, pra trás, quem sabe até pro lado
Basta não se entregar pra inércia das coisas

Meu destino é a junção de minhas ações,
Da minha fé e da minha sorte
E nada ocorre paralelamente a nada
Sou a mistura de todas as minhas fases (ou quem sabe faces)

O fato de eu poder ser um a cada momento
Não quer dizer que eu não seja eu mesmo sempre
Tudo em mim, às vezes, é nada
E o nada também pode ser tudo

Há muita beleza na invisibilidade da vida
O que eu não vejo é essencialmente importante
Para a construção do que, pra mim, é sentimento
E assim, devagarzinho eu chego lá, bem lento..

Frase complementar: "Quem no balanço do mar caminha num baque só?" (Marcelo Camelo)

terça-feira, 3 de maio de 2011

Passado, presente e futuro

Antes de postar o texto, quero explicar que a breve paralisação do blog ocorreu por conta do feriado, provas e trabalhos! rs
Agora, vamos ao que importa:


Não consigo me entregar a ideia de que o passado é apenas o que passou. A linha do tempo não obedece a forma linear das coisas. Há dias em que me misturo completamente entre o ontem, o hoje e o amanhã. E isso não é tão incomum assim! Devaneios, nostalgia, déjà vus.. quem nunca presenciou isso tudo? São a prova concreta da mistura de todos os nossos momentos. E mesmo que as emoções, por um lado, não sejam presenciáveis, tenho certeza do quanto isso faz parte de mim! Quero olhar para a frente de uma forma recorrente ao meu passado. Enxergar tudo o que faz parte de mim de uma forma concisa e clara. E, antes que ao menos pareça, não trata-se de uma prisão. Trata-se do espelho orgulhoso da minha própria vida!

terça-feira, 12 de abril de 2011

Saudade em duas estrofes

A saudade passa tanta coisa
E parece não estar de passagem
Há em mim grande retrocesso
Que pede licença pr'uma viagem

Navego por onde a vida passou
Invento por onde quero passar
Pra que mesmo com muita ilusão
Um pouquinho eu possa voltar


Complementando:
"Saudades, só portugueses
Conseguem senti-las bem
Porque têm essa palavra
Para dizer que as têm."
(Fernando Pessoa)

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Sobre o que muda e o que não muda

Não sei quando é a hora certa de abrir mão de um sonho. Há algo dentro de mim que parece indisposto a mudar e não me parece plausível remar contra essa maré. "Let it be!" Em algum momento da vida, encontramos a forma exata de aceitar todas as nossas sensações e, mesmo assim, não ceder a todas elas. Isso nos garante um tom versátil, disposto a nos envolver com tudo o que simples e naturalmente muda. Já sobre o que parece preso ao tempo, é necessário atravessar as pontes, correr o risco de desapegar ao passado e começar de novo, pois a incerteza também pode (ou deve) ser algo indispensável para sua felicidade.

Pedro Bial diz algo inteligente sobre o assunto:
"O fato das coisas não mudarem há muito tempo não quer dizer que as coisas sejam imutáveis."

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Soneto da Imperfeição

Como nesses últimos dois dias não produzi (por falta de tempo) nada, lá vai um soneto que fiz há uns meses. Talvez melancólico demais, mas enfim.. quem não é repentinamente? rs


Sinto como se não existisse
Minha alma parece querer regredir
para um paraíso que já visitei
e lá conheço todas as trilhas

Sinto como se não houvesse um caminho
e não sei onde hei de encontrá-lo
Meu coração sofre o efeito de vacinas
que ousam mascarar até meus sentimentos

Sinto que já não me conheço bem
Tampouco entendo minhas sensações
e, mesmo assim, tento explicá-las

Sinto que, apesar de não entender,
sou exatamente o que escrevo
e, por isso, minha voz é o papel 

quarta-feira, 30 de março de 2011

Poesia incomum

De tudo que ainda nota-se imutável
O tempo sempre saberá ao certo
E no tudo onde há rápidas mudanças
Que nada seja brusco ao ponto de ferir-me

Das ideias que ainda constroem-se
Que a inspiração saiba as concretizar
E quando não houver nem mais ideias
O resguardo há de me consolar

De tudo que fere ao meu coração
Que eu saiba extrair o doce do sal
E no tudo que me alegra tão facilmente
Haverei de enxergar somente o real

De todos os momentos que tornam-se poesia
Que a nostalgia reinvente minhas palavras
E de tudo que com o tempo saberei
Espero, por vezes, nada saber

segunda-feira, 28 de março de 2011

Enfim, de volta!

Depois de um pouco mais de um ano, resolvi voltar a postar no blog. O Iago continua sendo um dos colaboradores e as portas para posts dele aqui estarão sempre abertas, mas no momento isso não faz parte de seu cotidiano. Enfim, pretendo não largar mais essa vida e voltar a escrever todo santo dia.. agora eu estou cursando Letras e quem sabe isso não pode ser uma boa fonte de inspiração. Espero que gostem do texto pequeno que fará parte da reinauguração da página.


Seja lá o que for...

Transito na ideia do espaço que há entre meus sonhos e minha realidade. Tudo é volúvel, dependente de um mero detalhe, passa como uma brisa -por vezes ventania. Hei de conseguir enxergar ao certo o que é eterninade e o que não passa de um momento efêmero. E nessa percepção, ainda procuro entender as vantagens e desvantagens de ser detalhista ou desordenado. Eis mais uma questão da vida, eis a graça dela!
(Lucas Oliveira)